O Livro de Eli - Sefer Eli





Eli em hebraico significa: Aquele que tem uma direção, Meu D´us.
Eli está ligado ao profeta Elias ( que significa Meus D´us é eterno), ou Eliahu Hanavi. Este é o profeta que mais lutou e promoveu milagres, para provar a existência de D´us.

Nossa tradição é cheia de momentos em que guardamos lugar para este profeta, que subiu aos céus através de uma carruagem e descerá para anunciar a chegada do messias.
Na cerimônio de Circuncisão (Brit-Milá), está reservadA uma cadeira o “Kisse shel Eliahu”. Na Páscoa, Seder de Pessach, enchemos um copo para ele, guardamos uma cadeira e abrimos a porta ao final para que ele possa entrar.

É ele que traz o conhecimento espiritual até nós, defende-o de todo o mal.
O Tanach (Velho testamento)conta que Elihau tinha um grande discípulo, que era Elisha, este o acompanha em sua morte: "eis que uma carruagem de fogo, com cavalos de fogo aparta-os, um do outro" Ao ver seu mestre subir aos Céus, em um redemoinho de fogo, Elisha exclama: "Meu pai, meu pai, carruagens de Israel e seus cavaleiros" (Reis II, 2-11 e 12). Referia-se às preces de Eliahu HaNavi, um dos dez homens que entraram vivos no Gan Éden e que tinham o poder de proteger os Filhos de Israel mais do que as carruagens e seus cavaleiros (Targum Yonatan). Ao subir aos Céus, Eliahu deixa cair seu manto, sinal do poder que lhe conferira O Eterno. O discípulo recolhe, recebendo assim, o poder profético do Mestre.

Diz o Zohar que "Elisha teve méritos, neste mundo, não igualados por nenhum outro profeta - exceto Moisés".

Eliahu, ou Elias é o profeta da verdade e sua palavra era verdade. “A palavra de D’us está em sua boca”, está escrito na Torá.

Foi ele que transmitiu para Rabbi Shimon Bar Yochai e para seu filho a sabedoria revelada no Zohar. Segundo nossa tradição, Elihau ha-Navi aparecia na caverna onde estavam escondidos dos romanos e lhes revelava as mais profundas verdades espirituais, os segredos da Criação.

Após sua ascensão aos Céus, o profeta Eliahu tornou-se o protetor e guardião de Israel.


Fé, direção – kavaná. Há algo que é desperto dentro de um ser, um botão que é ligado e que procuramos...procuramos? Você sabe o que você procura?

O Livro de Eli - O Filme.
Surpreendente, um Mad Max místico....ehhehe. Uma fotografia impressionante, quase preto e branco.
Com o que estamos passando, chega a dar uma sensação de frio na barriga, mas a idéia maior de : não perca seu caminho, sua missão e sua fé.
Não é um filme cristão, como muitos dizem, mas é um filme que fala dos mistérios que a palavra de D´us nos guarda.
Ou a necessidade que temos de guardar a palavra de D´us, pois, é ela que nos diferencia, nos evolui (como sempre trabalhamos em aula).
Para muitos que querem entender a psique judaica, ali está.
Caminhar no deserto e carregar o conhecimento, a lei, a Torá e revelá-la a tradição escrita. A única função, garantir a sobrevivência dos homens para que possam evoluir, despertos com sua Neshamá. Assim é Eli, personagem do filme. Enquanto que na sua volta chove a nefesh (alma animal).

É terrível ver esta mistura de terror, mortes, balas e um arsenal fascinante de armas e brutalidade humana junto com elementos espirituais. Como é difícil sobreviver a Luz neste meio.
Como estamos assim!
Animais, brutos, bestas humanas que guardamos dentro de nós.
Somente o conhecimento nos evolui, somente a palavra de D´us, que sobrevive num meio impressionante. Poesia pura.
Poesia que é poder. Falar em D´us naquele meio é algo tão "infantil", mágico, ludico! Perfeito.
O livro de Eli é o Tanach, a Bíblia – o Velho Testamento, mas mais do que isso é o conhecimento mágico que está por detrás da escrita literal, que traz a consciência messiânica, sim... que o personagem demonstra é o que chamamos de consciência messiânica. A experiência da imortalidade enquanto devemos cumprir a nossa missão, a consciência da alma, de D´us, a percepção maior.
Cegos deste mundo podemos enxergar outras coisas. Há algo de Matriz no filme.
Uma guerra nas estrelas na própria terra.
Um Eli, que é o messias, vem para anunciar o novo tempo. Ou que descobre o Messias na jovem que o acompanha!! o Feminino desperto, a Shechiná acordada! E o novo tempo é a recuperação de um livro posto junto com muitos livros judaicos, livros de Kabbalah.
Bem e mal, mocinhos e bandidos, o velho tema que nos persegue a vida toda.
A disciplina, a rapidez, a proteção.
O conhecimento que pode cair na mão daqueles que vão usar para beneficio próprio.
Hummm, puro ego, nosso primeiro inimigo.
Compartilhe, faça pelos outros...faça mais pelos outros, este é o principio de Chessed, da bondade. Aqui mora um segredo.
Há um Moises no filme, uma caminhada no deserto, o atravessar o mar ...até a terra prometida – que fica no oeste!

Quem não viu, vale a pena conferir, a essencia do filme está acima das cenas de sangue.
O texto abaixo traz um bela história da vida do Profeta Eliahu.

Comentários

Unknown disse…
Gratidão por sua pagina, li duas matérias que você publicou e gostei muito, coo buscadora de conhecimento e auto conhecimento a Cabala tem se apresentado a um ano, estou estudando e me maravilhando, muito obrigada.
Unknown disse…
Como hoje esta explicação faz todo o sentido. Antes de ler, outros livros, era um filme que me fustigava, na direção da disciplina e do estudo. Agora vejo que é a DIREÇÃO e o continuar, mesmo com todas as dificuldades e desafios. Muito grato este artigo.