CAMINHOS CABALISTICOS


Por onde começamos uma caminhada espiritual?
Quais são as portas de entrada da Kabbalah?
Para onde nos leva?

Andamos em busca, temos dentro de nós uma saudade, um buraco, vazio existencial. Estamos cheios de coisas, coisas sem valor, coisas sem existência...coisas.
Estamos vazios de nós mesmos, vazios de essência, alma, D´us. Alguns diriam vazios de D–eu-s, de muitos EUs.

O começo da caminhada é muitas vezes por onde menos esperamos, começa pela dor, começa pelo gozo, começa pala falta. Ninguém procura o que não falta!
E todo dia a gente tem que saber que vai se preencher um pouquinho de D´us. Não é assim, derrepente, a gente vai mudando, abrindo aqui, ali, acolá, vai melhorando a cada dia, abrindo os espaços para que algo maior exista, ou possa existir ali.

Nossa caminhada começa a qualquer momento, quando sentimos que as perguntas se calam, quando nos silenciamos, acalmamos a fera que existe dentro de nós. E ela quer ser alimentada diariamente, nos come e consome.

Mas cada dia é um dia, para vencer os impulsos, nos conhecer mais e mais, conhecer a humanidade do ser humano, conhecer a criação..até encontrar D´us e desvenda-lo, venda-lo e desvenda-lo.
No fundo nosso caminho começa na busca de libertar-se de nossas angustias, dores e amarras, começa pelo começo, e o começo é a consciência da escravidão.

Queremos ser felizes, queremos que nossa vida dê certo, queremos o SEGREDO, a magia instantânea de sermos milionários, preenchidos, amados, saudáveis e eternos.

E então por onde começar?

Começamos pela VERDADE, a verdade do que é a Cabala.
Seus caminhos nos levam a D´us, a descobri-lo, descobrir os propósitos de uma criação e seu funcionamento. Descobrir D´us como uma força inteligente, verbo em equilíbrio, que muitas vezes coloca tudo a funcionar, quando o tudo quer ficar parado!
E este universo inteligente que nos abraça e acolhe, nos cria e recria a cada dia. Não é Pai, não é Mãe, simplesmente é semente e criação, simplesmente me concede a vida e a liberdade para ser, pensar, sentir e estar. E esta inteligência que me preenche, apresenta-se em tantas dimensões, em tantas partes e é ao mesmo tempo um só. Luz e escuridão, dor e prazer, lua e sol, desejo de dar e receber. Dinâmica, movimento, conflito e crescimento.
*imagem Ron Muek

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