KABBALAH DE SVAROWSKi
Um TANGO PARA ALMA






As almas que no dia dia cruzam o meu caminho,
Tão presas,
Tão tristes.
Pulsam num corpo,
Gritam!
Presas em famílias,
Presas em maridos,
Presas em esposas,
Presas em mães de maio, junho, julho...
Presas em pais,
Que já não estão mais ali
Neste mundo ou no outro.

Histórias e vivências de um passado.
Formam como que uma árvore contrária.
Almas que tem seus pés presos, atados na raiz desta árvore.

Vó Sofia estava até então ali.
Como que puxando para baixo,
Ou simplesmente pedindo ajuda.

Do julgamento que estes e cada um que passa sentem ao isolamento de si mesmos.
Ahh almas que gritam!!
Vivem num impulso, mas querem e desejam outro caminho. Quando vêem repetem sempre o mesmo movimento.
Sufocam a sua luz, quando vêem morrem numa vida cheia de mediocridades.
Libertar-se é ver que existe outra árvore em cima de sua cabeça,
Mas há quem não consiga erguer a cabeça e
Olhar para cima.



“Liberta minha alma, por favor!!” Gritam em silêncio

Para aqueles que levantam suas cabeças os céus apresentam-se como uma jóia de Svarowski.
A árvore de cima abre-se em delicadeza, precisão e luminescência. Conseguem como um cristal refletir a luz, curar o outro que prende e agarra suas próprias pernas.
Estes não assistem só a sua dor.
Criam-se diferentes formas de si mesmos, libertando-se em dança e força,
Como num tango, onde a alma VIVE, dança, entrega-se.

Tantas almas que passam por mim,
mas precisam erguer seus olhos e sair só da sua dor.








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