Visitei as cartas, a cigana, o pai de santo, passei pelos astros, por videntes, tantos tarôs, búzios, terapias.....tantas cabalas, na busca de um caminho e respostas.
Nunca sabemos o que fazer!
Tantas respostas, tantos olhares.
E a resposta estava tão perto de mim.
Em mim.
Bem dentro de mim.

Os cabalistas dizem que existe um ponto atrás de teu coração (Nekuda aLev), e neste ponto estão todas as respostas. Trabalhamos espiritualmente para encontrar o caminho que nos leve a este ponto. Depois, trabalhamos para acordar este ponto.
Este é o ponto que contem todo o conhecimento, Lev na guematria tem o valor 32, 32 caminhos da sabedoria. Lev corresponde a palavra Coração e é construída com a ultima e primeira letra da Tora.

Não há alma sem coração. Não há Jerusalém sem coração.

Mas o coração nos trai.
Mas o ponto que existe no coração não!
Este é o ponto do amor incondicional.
O que se abre e se entrega, dele vazam todas as luzes divinas. Dele flui os caminhos, as respostas, que ao passarem pelo coração são as melhores e mais sábias para cada pessoa.

Procurei tantas respostas fora de mim, mas encontrei-as dentro de mim.
Há caminhos que a verdade faz, há caminhos que os véus de ilusão constroem, e normalmente seguimos estes.
Os caminhos de ilusão são imediatistas, cheios de portas fechadas, são as primeiras imagens e respostas que temos e reagimos a elas, ou melhor, agimos através delas. Nos levam a mágoas e raivas e acumulo de mais consertos (Tikun), logo geram grandes desarmonias e um “ neshgit” (mal estar em idish).
Os caminhos da verdade são mais pacientes, exigem mais de nossos impulsos e desejos imediatos, temos que suportar mais tempo nossa angustia, ou ainda ficar sem respostas. É um caminho onde os diferentes mundos estão agindo, não há negação das diferentes realidades (Espiritual, mental, emocional e física, que é só a conseqüência). Uma construção da condição de PAZ (Shalom), para chegar numa nova ordem, de unidade e transformação. Com isto a verdade traz muito mais luz. Só que nos parece ser mais sofrida, pois não ocorre no tempo do relógio.
O caminho da verdade nos leva a Teshuva, um encontro consigo, uma entrega, um arrependimento que vem com a consciência do que fizemos e fazemos, do que provocamos, a consciência de nossa dualidade, de um mal que carregamos e negamos a cada esquina.

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