DESERTOS GEOGRÁFICOS E DESERTOS EMOCIONAIS


O psicólogo Reich mostrou a relação que existe entre o deserto físico e o deserto emocional que se instala em nós, muitas vezes. Desertos que tem a sua origem nas camadas das cascas (klipot) ou couraças, como ele chamou!
“quando um deserto começa a fazer a sua aparição, quando a vegetação natural original vai desaparecendo gradualmente e sucumbe pela seca, pela falta de umidade durante a manhã e o progressivo aquecimento da Terra”. E a vida seguirá lutando, substituindo a vegetação rica por uma vegetação adaptada, secundária, pobre, dura e primitiva.
Um vazio começa a se instalar, os espinhos aparecem, a luta pela sobrevivência torna cada planta seca e fria.
Assim a cada dia nos vemos envolvidos por esta agressão! Um deserto emocional está se instalando dentro de nós. A cada dia mais longe das condições idéias climáticas, estamos nos tornando frios e espinhentos, separados uns dos outros, inibidos em sua forma criativa, estamos murchando. Estamos no deserto, sem água, sem emoção, sem conteúdo, sem D´us!! E sem água conhecemos o estresse, a irritação, a raiva...doenças e vícios.
Na Tora, enquanto os hebreus caminhavam no deserto, Miriam (irmã de Moises) garante a sobrevivência pela água, retirando das pedras, do que há de mais rígido! Miriam significa amargor, amargo, poderíamos falar de águas amargas. Talvez a dor nos faça plantar este deserto, encontrar a umidade correta para transformá-lo num Pomar (Pardes)! ou Jardim (Gan).
Cabe a nós decidir por sermos fugitivos da mudança climática ou viver o nosso deserto e descobrir as fontes de água, os Oasis, que estão verdadeiramente dentro de nós.

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