DESPERTA SHECHINÁ!




Há muitos de nós que no seu drama diário busca a espiritualidade na fuga da terra devoradora, a mãe que engole seus filhos, provocando a morte do EU, da identidade liberta do útero e que está aqui para VIR A SER.

Mas como libertar-se de uma mãe-útero devorador, como
deixarmos de lado a criança e revelar o adulto em nós, sair da dependência, da idolatria e despertar aquele que está consciente de si mesmo e de seu Poder.
A nossa transformação é a transformação de tudo ao nosso redor – uma nova consciência deve ocorrer. Aqui no mundo físico a nova consciência é revelada pelo aspecto feminino de D’us, que está contido dentro de cada um de nós. A vasilha que acolhe, a consciência do corpo, da matéria, da vida física... é preciso curar e não fugir da realidade!!!

A consciência desta energia feminina de acolher, abraçar, cuidar e amar a vida aqui é chamada de shechiná, está em nós, mas nossa consciência está mais preocupada em sustentar o instinto do que revelar a sua luz, trazer algo para a vida com a luz da continuidade. Queremos para si e ponto final. Afastamos sua presença, no exílio, encontra-se na escuridão, sem ela atraímos a dor e o sofrimento. Acordando ela em nós, acordamos a mãe positiva, que revela a Luz masculina Divina.

QUEM É A SHECHINÁ?

A Shechiná é a parte divina aqui, ela é a que transmite as mensagens divinas vindas de cima, o Zohar diz, do Rei Supremo, ela é o mediador entre o céu e a terra. O supremo confia a ela todas grandes obras do reinado, pedindo ao povo que a obedeça.
O pecado, a existência da serpente, o desvio, a presença de demônios afastam a Shechiná do Divino, criando a separação dos mundos e a não revelação da Luz Divina. Existindo duas realidades a da unidade e do caos, onde a Shechiná deveria habitar, mas está no exílio, isto é, em nossa consciência perdemos a sua presença, o referencial dela dentro de nós, a sacralidade da vida aqui! Ela é a atividade perpétua das emanações divinas, um movimento constante, criativo, transformador. A força da natureza!

A Consciência do Feminino em PURIM

E o feminino é o vaso de expressão e revelação do divino, de forma equilibrada. A shechina é o nosso aspceto feminino e dela vem a nossa capacidade de relacionar-se com o mundo externo de forma equilibrada.
Descer na terra é encarnar e manifestar a fonte divina. Malchuth que abraça todas as luzes de cima. Quando está preenchido de luz, consciência faz por algo maior, não pensa só em si, como a Rainha Ester, mas aqui na terra, a Divindade se veste das vestimentas deste mundo, sua essência está encoberta, Ele não aparece, como no texto que lemos em Purim. Com ela combatemos o mal que nos preenche e que nos destrói. Os demônios desta vida que aniquilam a vida! O despertar da Matrona, da mãe espiritual que em seu amor e compaixão nos protege e se une ao Divino.
Mas esta consciência precisa preencher todo o nosso ser, todas as pessoas, e surge Moises que acorda e revela para todos.

PRISÃO...a Libertação que ocorre no Pessach (Páscoa)

A energia desta “mãe” está presa na cauda, nos instintos que quando elevados acordam e chegam na cabeça, formando um eixo onde a luz percorre. A luz sobe (kundaline sobe), a shechina desperta, a serpente acorda para tornar-se messias. Ela esta enrolada, condenada a rastejar. Acordada pela ligação com o céu, elevando a terra, os desejos. A consciência desperta.
Nesta consciência percebemos tudo ao nosso redor como nosso, mas com outros olhos, um nosso sem ser nosso, mas a responsabilidade de cuidar! A força doadora, acolhedora está ali.

A consciência da shechiná é a consciência do corpo, da matéria, da terra.
No Egito (Mitzraim que deriva de Metzer) a consciência está voltada para um corpo sem alma, o lugar fechado e restrito (Metzer), coloca em exílio a Shechiná. É preciso fazer uma caminhada para dentro, limpando e eliminando os impulsos que nos levam somente para a consciência externa, o deserto é externo e não interno.
Somente uma grande transformação limpa todos os corpos, todas as partes de uma vida, caminhamos na CONTAGEM DO OMER para chegar lá.

A alma necessita do corpo, e ambos fazem arte da criação.

Corpo e alma se encontram na Terra Prometida.

Muitos de nós fogem da vida do aqui agora, pois a mãe foi devoradora, mas sempre voltam em muitas e muitas encarnações,...por que o trabalho é aqui, de revelar o equilíbrio entre a alma e o corpo.

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