Para quem quer adentrar a essência das coisas, para quem quer mergulhar no céu interior e exterior, nas terras interiores e exteriores, compreendendo a natureza das arvores, das plantas, raízes e pedras através de sua aparência externa. A Kabbalah é um convite para adentrar na porta do oculto, um mergulho nos mistérios da vida.
Ela é a experiência propriamente dita, onde provamos pessoalmente o sabor da vida. Através das experiências externas podemos adentrar o circulo interno, chegando na essência de D’us em cada coisa criada por Ele. Tudo revela e oculta D’us! É Ele a causa das causas e em nossa jornada interior vamos revelando a causa de tudo, revelando a luz que existe dentro de nós e fora de nós.
Tudo foi criado por Ele, então tudo contem luz e necessita ser revelado, descoberto.
A Kabbalah nos convida para revelar, re-velar, na quietude de quem cuida, vela, descobre-se os mistérios. No silêncio nos colocamos num lugar novo, sagrado – de união.
A Kabbalah é um casamento com nossas partes não reveladas, o não divino (profano) que se reencontra com o sagrado – divino, o barulho, a escuridão, a dor, duvida que se reencontra com a luz, a plenitude, silêncio. Neste casamento revelamos a transformação, trazemos um novo e pleno ser!

Muitos se perdem no caminho da vida, pois criaram bases em uma realidade material, sofrem com o comando da inteligência só do corpo, a nefesh – que com suas necessidades de sobrevivência vive na volta do que existe externamente – o aparente. Movido por medo e inseguranças a sombra de cada pessoa é criada e comanda a vida. Aos poucos estas buscas, finitas que são, perdem o valor e a consistência, a alma grita por algo mais consistente.
Muito de vocês buscam a escola, na certeza que a Kabbalah lhe trará de volta para o seu caminho verdadeiro. É a sua alma gritando, necessita de espaço, necessita ser ouvida!
É preciso casar estas partes...a alma necessita do corpo! E o corpo da alma. Mas precisam andar juntos...instintos necessitam de maturidade, luz! Nada pode pesar só para um lado, pois daí trazemos sofrimento.
Fazer um caminho espiritual é ter noção que descobrir a vida é descobrir a si mesmos, abrir um novo espaço.
Existem forças contrárias, infantis, que nos seguram, que nos fazem voltar para os instintos, medos e inseguranças, mas é preciso ter fé, segurar-se em si mesmos.....Não deixar a ferida comandar! Mas curar a ferida!

Comentários