Não
abandone o anseio em si.
Cultive-o
e aprenda a compreendê-lo... até seguir e mergulhar na sua mensagem
interna.
Descobrir
a magia que existe na Kaballah para transformar a realidade ou simplesmente
abrir os portões (Shaar haShamaim ) de outras realidades e dimensões,
depende do mergulho que está disposto a fazer. Adentrar um círculo de energia
que se comporta de forma diferente daquele que nossos padrões nos colocam
diariamente.
O
caminho começa com o desejo e o impulso para descobrir que existem outras
realidades (Matziut). Os passos nos levam para as águas da purificação
( Maim tihur), um estágio que pode demorar anos, de limpeza de nossos
filtros, de nossas raízes, pois é preciso voar, soltar as amarras, crenças e
conceitos racionais.
A
mente precisa estar aberta, não apegar-se a nada. Uma experiência de vazio – um
vazio que nos convida ao contato com o que é e quem é Divino. O vazio
( Ain) que se torna o Eu (Ani), o Eu que está sempre em
movimento, num balanço entre o preencher e o vazio, entre o claro e o escuro, o
Eu que reflete o Divino Criador, temperado pela paz (Shalom). Um estado
de medida, e a medida são os números que cada letra sagrada carrega, a medida da criação, uma criação
numérica, uma identidade numérica. E assim, a realidade que se apresenta é
numérica, e quando mudamos os números mudamos a nossa realidade.
E
qual será o número (Mispar)? Par? Impar? Muitos são os números, muitas
são as realidades, enquanto não sairmos da prisão racional não perceberemos
estes novos mundos.
Banhar-se
nas águas é deixar-se mergulhar nas emoções, pois é na água que a memória do
passado se encontra e flutua, escapando-nos e afogando-nos em mágoas. Assim, a
matriarca Miriam, vai levando seu povo... quebrando as pedras para retirar as
águas que nutrem aqueles que querem chegar na Terra Prometida; às vezes as águas
são amargas (Mara), por isto Miriam é aquela que veio transformar as
águas amargas em doces. Só a água pode lavar a água e levar a água para o céu ou
para a terra, onde transforma-se e nutre. Só a água passa por transformações sem
perder a sua essência.
Mergulhe
com seu rigor e as águas te levam para o gelo; mergulhe com o calor de sua fé,
com a energia da alma e as águas evaporam aos céus.
O
mergulho que precisamos fazer será nestas águas, então, límpidas.
Assim,
nutrindo nossa terra, deixamos as sementes da árvore da vida nascer e crescer...
é nela que nosso mergulho
começa...
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